KARL: Na meditação, o “eu sou” está meditando sobre o que é o “eu sou”,
porém, sem a expectativa de uma resposta. Sem essa resposta, só há
meditação, mas ninguém que medita. Isso é meditação. Todo o resto –
tudo que se fizer em função de uma resposta, onde tem a expectativa de
se ganhar algo com isso – não é meditação .
NATARAJAN: Nenhuma necessidade de fechar os olhos.
KARL: Não. É por isso que realmente gosto do Budismo. Você tem que
abrir os olhos.
Tem que ver. Tem que meditar sobre Aquilo, mas não de olhos fechados.
Você não quer
fugir. Você tem que enfrentar Aquilo que é, e não fugir dele com os
olhos fechados para
alguma bela e confortavel un-dade, ou um vazio, ou algo assim.
Enfrenta-o! É isso o que
você é.
Você tem que ver a forma e a não-forma no mesmo instante. Você vê que
Aquilo que é
forma é sem forma e você é Aquilo que está vendo essa forma – você é a
Fonte de ambas.Você é o vazio e a plenitude, ou Aquilo que é forma e
não-forma, já que as duas são
como o que você é, feito o espaço e Aquilo que nem mesmo forma não é.
“O próximo gole de café” –ou: “Impiedosa graça”
Oito Dias em Tiruvannamalai: Conversas com Karl