Felicidade e Paz



Quando as nuvens que escondem a face da lua são sopradas pelos ventos, a lua brilha clara e imperturbável; igualmente, quando as nuvens do egoísmo são sopradas para longe, a mente do homem brilhará pura e completa, com seu esplendor natural. Esse é o estágio da bem-aventurança onde a dor deixa de existir. Onde existe luz, a escuridão não pode existir.

A lâmpada da sabedoria (Jnana), uma vez acesa nunca morre, desvanece ou pisca. A felicidade (ananda) e a paz (shanti) que os homens buscam a partir dos objetos do mundo, solicitados por seus sentidos, tremulam e em breve desaparecem e morrem. Elas apenas satisfazem momentaneamente os anseios insensatos da pessoa. Elas são alcançadas pela luxúria, ira, ódio e inveja, e assim são falsas e inconstantes.

Controle e conquiste essas emoções; só então você pode adquirir Ananda e Shanthi verdadeiras. Essas não desaparecem nem tremulam. Você não só pode adquiri-las, você pode de fato tornar-se elas.

Sathya Sai Baba

Exercício de Meditação (2): mantendo a concentração durante o dia todo


(...) como é que eu faço para estar concentrado o dia todo enquanto estou fazendo outras coisas?

Claro a gente não pode fazer duas coisas ao mesmo tempo, mas nós podemos por exemplo (uma sugestão que no meu caso funcionou bem): quando se acorda de manhã cedo, quando se percebe que o corpo físico despertou, que o cérebro físico voltou a essa atividade normal o nosso primeiro pensamento pode ser "eu vou passar esse dia atento, nesse dia que começa agora eu vou ficar atento a tudo e eu estou disposto a me concentrar em tudo que eu fizer nesse dia".

Eu me coloco isso logo de manhã antes de começar o dia e depois quando eu começo as minhas primeiras atividades externas eu estou concentrado porque eu me propus isso, porque eu sei que a uma certa hora que está marcada eu vou ter um exercício de meditação. Já acordo de manhã nesta atitude embora eu não passe aquele tempo, que precede o exercício, exatamente fazendo o exercício. Meu corpo físico se levanta da cama e nós fazemos várias coisas, antes de chegar no exercício de meditação. Mas todas aquelas coisas que são feitas, são todas feitas concentradamente, isto é, eu sabendo o que estou fazendo, eu acompanhando todos os meus movimentos, acompanhando todos os meus gestos, seguindo todas as minhas reações e percebendo todos os meus pensamentos. Isso é uma colocação que eu faço de manhã, quando acordo.

Isso não se quer dizer que a gente vai fazer todos os movimentos perfeitos porque ninguém é perfeito. Se fossemos perfeitos não estaríamos encarnados, estaríamos em outros níveis. Não quer dizer que nós vamos fazer os movimentos perfeitos, não quer dizer que todos nossos sentimentos serão puros e eu também não posso pretender só por causa da minha proposição, ter pensamentos ordenados. Não posso pretender isso porque desde que minha mente existe ela andou como ela queria, como ela pode se ordenar no momento que eu decido? Isso também é um trabalho bastante complexo.

Eu me disponho a fazer isso o dia todo e diante do material que eu encontrar, os meus gestos, meu mental, meu emocional é isso que eu vou iluminar, é sobre isso que eu vou pedir aquela luz que eu sei que tenho dentro de mim; é sobre isso que eu vou irradiar aquele amor que eu já sei na hora que eu acordo de manhã que estou cercado dele.

(...) Então eu começo a minha vida cotidiana. Aí vou ver que meu gesto está desarmônico, que meu corpo físico não está correspondendo, que o meu emocional não está como eu desejava, que meu mental também não está ponto, mas aí eu já estou fazendo meu trabalho: eu estou iluminando, eu estou rodeando isso de amor, eu estou observando, eu estou percebendo o que está acontecendo comigo.


A Meditação - Parte 1
Palestra proferida em 01/01/1984
Trigueirinho
http://www.irdin.org.br/palestra/por/audicao.html?cod=3192

Transformação do ego – estar num corpo material vivendo coisas imateriais




A gente teria que estar vivendo e aprofundando muitas coisas que não são materiais.

Estar num corpo material como este nosso e estar vivendo coisas imateriais, isso não é muito simples, porque a própria natureza da matéria não está facilitando isto. Então tem um trabalho nosso na matéria. E nós temos que ir aprofundando certas coisas, temos que ir tendo presentes as leis imateriais.

Temos que ter presente que existe uma vida fora desta matéria, e que à medida que nos coligamos com ela vamos transformando esta matéria, é todo um trabalho.

O ego humano é um concentrado de matéria – matéria mental, matéria astral e matéria etérica/física.

Então, isso somos nós, nossa personalidade.

Enquanto este ego, enquanto este núcleo material não está controlado, esse ego não está fazendo aquilo que a sua consciência está indicando, esse ego tem que ser trabalhado, porque, nessa altura da evolução, no nosso nível evolutivo, o ego não pode desaparecer ainda.

É graças ao ego que a alma pode estar encarnada.

Porque senão não existe um ego que se mantenha encarnação materializado, material, egóico, egoísta, isso tudo que precisa pra uma alma estar encarnada não consegue se juntar e permanecer, é preciso o ego pra isso.

Mas aí, a alma vai também trabalhando lá no seu nível, a alma vai aprendendo, a alma vai conseguindo se introduzir nesse material, e cabe a ela ir transformando o ego. Aquela parte do ego que é, digamos, completamente transformada, sublimada, a alma absorve. A alma absorve, não é mais o ego aí. É um ego transformado. A alma absorve e leva aquilo com ela. O que ficou aqui, vai ser descartado de alguma maneira e voltar pra algum reservatório de materiais. Mas aquilo que foi sublimado, transformado, a alma leva. Senão não há evolução. Senão se rompe um elo.

Então, o ego nós temos que olhar como algo salvável, pelo menos em parte. Então não pode tratar o ego a ponta pés. Você sabe o que o ego é: um concentrado de coisas materiais que está aí, dentro do carma material e tudo. E você tem que cuidar disso. Cuidar não no sentido de fazer o que ele quer, não de seguir a tendência dele, mas tratá-lo de forma que ele vai se transformando. E a uma certa altura, se todo ele não se transforma, o que não se transformar vai ficar aí, e aquilo que se transformou será elevado.

Então, existe um trabalho com o ego.  Agora, nesse trabalho, você tem que, a uma certa altura, atrair forças imateriais, senão o ego não tem como se transformar.

Se você fica só enchendo o ego de matéria, vivendo as leis materiais com ele, só isso, você tem que ir introduzindo aí um contato dele com coisas imateriais, com leis imateriais. E aí, nesse ponto, a mente é muito importante. A mente é que deve começar a fazer esse trabalho.

E você tem que fazer o trabalho sobre você mesmo, cuidando de você mesmo a essa altura. Estar cuidando em função do que você vai ser. Você está cuidando disso em função do que você vai ser (depois que certas coisas estiverem resolvidas).

E é aqui que entram as energias do novo mundo, porque com as energias deste mundo, com os Raios do 1º ao 7º, que colaboraram e que manifestaram este mundo, aqui, a uma certa altura, começam a entrar outros Raios, outras energias, que não são como essas 7, que estão aqui criando e formando este mundo, possibilitando que este mundo exista; mas aí tem que entrar outras energias.

E é nesse ponto evolutivo que nós estamos. Nós estamos no ponto evolutivo de começarmos a receber outras energias além dessas que manifestaram tudo que está aí no mundo. Tudo o que está aí foi manifestado pelos 7 Raios, que nós chamamos de Raios Materiais. Agora precisa que a gente comece a se abrir e ter devoção, ter amor, ter interesse, ter intenção de começar a entrar em outras energias, para acabar de resolver este processo aqui.

E, além desses 7 Raios, que nós já conhecemos, já estudamos, já vivemos, teríamos que começar a viver outros 5, que vão em ordem.

Primeiro são 7; quando você já chegou numa boa relação com esses 7, quando você já chegou a uma compreensão de como agir dentro dessas 7 energias, você necessita para sua evolução ir entrando em contato com outras energias, que até agora não estiveram presentes – estiveram aguardando.

E esses outros 5 Raios são considerados Raios Imateriais. Então, pra você começar a trabalhar uma vida imaterial, neste plano material com este corpo material, com esta tua mentalidade material, pra você começar a trabalhar uma coisa nova, você precisa se abrir a outros Raios. E esses outros Raios para nós são um título, são uma definição. E nós através dessa definição temos que encontrar uma porta, ir além da definição.

Nós sabemos, por exemplo, que o 8º Raio, que vem logo depois do 7º, é o Inter-Relacionamento dos Universos.

Os Universos se inter-relacionam. Isso é uma energia universal cósmica. E nós já temos que entrar nesse Raio – Inter-Relacionamento entre Universos. Isto é um nome de um Raio que, para nós, deve dizer alguma coisa.

Mas eu tenho que pegar este nome, tenho que pegar isto que eu entendo como “inter-relacionamento dos universos” e temos que ver se os universos se inter-relacionam, e se está tudo em ordem, com o quê que eu devo me relacionar? Como é que eu faço pra colocar isso na minha vida? Eu tenho que, no mínimo, pensar no Universo. No mínimo. Eu tenho que no mínimo estender a minha compreensão desta Terra, deste Planeta, para uma coisa mais universal.

Então eu vou me trabalhando, eu vou entrando neste Raio, e à medida que vou me trabalhando, eu não vou me comportando só como ser terrestre, porque os seres terrestres são muito pouco evoluídos diante de outros seres que existem neste mesmo Sistema Solar. Então eu vou ter que ter uma relação com isto.

Porque existe uma lei, existe um Raio, Inter-Relacionamento entre isso tudo. Existe um Raio que possibilita você entrar em contato com outro Universo. O Raio existe.

Então você fica prisioneiro desta Terra ou fica prisioneiro deste Universo porque você não conhece a Lei. A Lei que possibilita estar em relação com outros Universos.

E o nosso Universo é muito pequenininho. Nosso Universo é um ovinho. O nosso Universo Mental é uma coisa mínima. Então nós temos que entrar em relacionamento com outros Universos.

A nossa mente, mínima como é, tem que entrar em relacionamento com outra mente um pouco mais ampla, pra que ela vá aumentando; e eu aqui já estou treinando uma relação, estou treinando um inter-relacionamento.

E depois tem outra energia que nós teríamos que já ir nos relacionando com ela, que é a Energia da Onipresença.

Porque existe dentro da Lei a possibilidade de você estar em todas as partes. Você veja, nós temos instrutores que estão com a consciência focada em outros planetas e que estão em contato conosco. O que quer dizer isso? Quer dizer que são onipresentes. Estão presentes lá no Plano onde estão e estão presentes aqui; onipresença. Porque os nossos instrutores que não são deste mundo mas estão presentes aqui como se fossem daqui. Isto é onipresença.

Outro dia alguém teve a impressão que Misuk estava no outro Planeta com uma tarefa e estava falando com ele aqui. Isso é onipresença. Isso é estar presente em todos os lugares. Isso é uma Lei.

Só que não é nada de material, isso. Isso é um Raio Imaterial. A gente saber desse assunto de Misuk, por exemplo, já quer dizer que a gente está com a portinha aberta, porque a grande maioria nunca ouviu falar em Misuk e muito menos nisso. Então, quem já ouviu falar numa coisa dessas é sinal que já tem uma portinha, já tem uma frestinha aí pra entrar no Raio da Onipresença, senão não poderiam ouvir falar nisso.

E a outra é a Transfiguração.

Já estudamos bastante, durante muitos anos, quando se formaram esses Centros, primeira coisa que se fez foi retirar a carne, retirar os produtos animais, isso é o ABC da purificação. Havia todas as possibilidades das pessoas se purificarem e foram se purificando até o ponto em que puderam e que quiseram. Depois disso então veio uma energia, veio uma graça, e você começava a ser transmutado, depois que você já fez tudo que cabia a você fazer na purificação, você começa a ser transmutado. E quando a Lei da Transmutação consegue agir, consegue mudar o seu material, a Lei da Transmutação vem e muda o seu material, transforma o seu material, transforma a energia do seu material, aí começa a entrar um Raio Imaterial, que é o Raio da Transfiguração.

Então, depois de um indivíduo purificado e transmutado, existe uma Lei que o leva a ser transfigurado. Ele como indivíduo vai ser transfigurado. Aí vai começar um processo que vai muito além da transmutação. E ele transfigurado causa um efeito, ele tem um processo de serviço, um processo de radiação que já está mais coligado com as energias superiores. E aí, esses raios se continuam a se aproximar se nós continuamos a nos abrir a eles, vamos entrando na Escola da Onisciência, isto é, onisciência quer dizer você se estender um pouco mais além da sua capacidade de estar consciente nas coisas. Então você vai se ampliando nisso.

Isso é um trabalho que deve estar acontecendo com a humanidade, com alguns está acontecendo.

E depois, aqui entra em seguida o 5º desses Raios Imateriais, aquele que Muriel, quando estava encarnado como Padre Pio, demonstrou. Muriel, como Padre Pio, vivia o Raio da Libertação.

Então, o Raio da Libertação é uma das manifestações de Muriel. Tanto assim que Muriel, sendo o Raio da Libertação, trabalha para nos libertar.

Se algum de nós entra em contato com uma mensagem de Muriel, ou entra em contato com um pensamento de Muriel, já está se libertando. Porque aquilo é a própria libertação.

E esse Raio está muito ativo, inclusive porque está trabalhando para nos libertar de todos esses vínculos, essas amarras, essas coisas materiais que nós temos, para podermos estar em contato com outros universos, estarmos presentes em outros lugares, com a nossa consciência. Tudo isso é o Raio da Libertação que Muriel está estimulando, está representando.

E cada vez que nós formamos um contato com Muriel, nós estamos recebendo libertação, estamos sendo libertados; e esse raio da libertação é muito importante neste momento, é fundamental; através de uma energia como esta é que nós já vamos entrando em contato com isto.

E Muriel era essência de Padre Pio. Então, você viu como em volta de Padre Pio se construiu tanta coisa aonde os seres humanos, escravos, chegavam lá e entravam em contato com algo que ajudava a libertá-los.

 Então, essa busca de contato com Muriel, isso significa você se abrir para a libertação; agora, não há libertação se nós continuamos amarrados. E é um certo tipo de nó que cabe a nós desfazer. Desfazer de certos nós, aqueles mais duros de repente vieram porque Muriel é um exército de energias, e cada energia tem uma tarefa. Então nós não estamos deificando Muriel, nós estamos trazendo Muriel como a libertação que nós precisamos. Então não tem que deificar Muriel. Porque acima de Muriel, como ele sabe, tem muitas coisas. Mas a nossa porta de entrada é essa libertação. E o que nós temos pra fazer isto é sermos devotos de Muriel, sermos colaboradores de Muriel, porque se ele está te libertando, você ajude a um outro, você pelo menos não amarre o outro, você não prenda o outro, você está ajudando Muriel, você está colaborando com Muriel. E é um instrutor que está aí muito ativo, porque nós precisamos de libertação e ele é a libertação.

Nós estamos precisando de formação interna. Formação intelectual, mental, isso nós já temos o suficiente.

Não que sejamos muito bem formados, mas já temos o suficiente pra perceber que precisamos de uma formação interna. Porque a nossa casca aqui fora já está sociável, digamos. Então, agora, precisa começar uma formação interna.

Os atributos do monastério vão sair todos, de forma que a gente tem aí um amplo estudo pra fazer.

Temos o estudo dos Raios, os 7 Raios, que já estudamos de muitas maneiras, mas agora teríamos que ver os 7 Raios em função de começarmos a entrar nos outros 5.

Temos que ver nos 7 Raios o quê que eles têm de chave para nós. Se vocês vão por exemplo estudar o 7º Raio, que é o Raio da organização, da ordem, o Raio do Cerimonial, vocês ali vão ter chaves que antes dos Raios Imateriais se aproximarem vocês nem viam. Então você vai ver ali no 7º Raio a organização de um outro Plano, com a experiência que você possa ter, com a ordem, com a organização aqui neste Plano.

Enfim, para nós estarmos mais próximos dos Raios Imateriais, precisava que a gente revisse os 7 Materiais para ver o que ficou pra trabalhar ali, porque ficaram coisas pra trabalhar em todos.

Então precisa ver o que ficou para trabalhar ali que a gente consiga ver pra gente preparar o terreno pra começar a perceber esses outros.

Agora, pelas coisas que tem acontecido e pelas coisas que nós temos percebido, o Raio da Libertação está muito presente. Porque o Raio da Libertação sabe muito bem que nós precisamos ser libertos pra podermos dar certos passos. Então esse Raio começa a fazer isto em nós.

Agora, nós teríamos que amar os Raios.

Esses Raios não são coisas de receita. Esses Raios nós temos que amar, isso tudo é com amor que se faz. Nesse Sistema Solar é com amor. Então você tem que amar a Libertação. Você tem que amar a Transfiguração. Tem que amar isso. Nunca dizer “isto não é pra mim”. Você tem que amar isto. Porque isto está presente e isto é um princípio de uma formação interna.

Agora que os Raios Materiais são conhecidos, nós temos que ir lá e pagar as dívidas que temos com cada um, verificar o que falta pra nós, assumirmos mais aqueles Raios Materiais pra irmos merecendo a chegada dos outros. E aí começa a nossa formação interna.

Porque os outros são internos, são imateriais. É uma formação que vai se dar dentro de nós. Mas atenção aí para entrarmos numa devoção um pouquinho mais limpa. Entrar numa devoção pela libertação mais limpa, uma devoção mais universal. Eu devo me libertar pra ser um liberto para libertar a outros. Eu devo me libertar para poder ser mais puro. Para poder servir melhor. Sempre pra poder servir melhor. E não para si próprio. Enfim.

E tudo isso é energia do novo mundo, esses Raios bem amados por nós. Se nós chegarmos realmente a amar isso tudo, nós vamos acabar nos consagrando. Mas isso já é um assunto um pouquinho mais pra lá. Nós nos consagramos, isso já é uma conseqüência de você estar já amando muito os Raios Imateriais. Porque dentro dos 7 Raios Materiais você não consegue se consagrar; então é preciso que esses Raios se aproximem, que você os ame, que você coloque o seu amor em coisas que são para serem amadas neste momento e aí começa a acontecer alguma coisa. E de repente alguém se consagrou; e se alguém se consagrou, vai servir um pouco mais do que quem não se consagrou.

Nós temos um folhetinho aí que se chama “Consagrados e Servidores”. Ali está bem nítido “Consagrado e Servidor”. É um folhetinho que dá a nossa situação de servidores – servidores entre aspas, porque servidores também têm vários graus, mas digamos servidores; e aí que nós estamos então vendo a diferença entre o que nós somos e o consagrado, que é o nosso destino, que é a nossa meta.

Nós todos teríamos que nos consagrar para que a humanidade tivesse a possibilidade de dar um passo. Então temos sempre muito trabalho. Só que agora é um trabalho que começa a ser interior. Isso tudo não é trabalho físico. Trabalho físico nós já temos bastante e agora temos que começar um trabalho interior, que não impede que a gente faça o trabalho físico e que vai dar outra qualidade ao nosso trabalho.

Se você está fazendo um trabalho interior, o que você faz fisicamente tem outra energia; aí o seu trabalho físico, o seu trabalho externo, o seu trabalho de vida, vai receber energia de seu trabalho interior e aí vai mudar.

Vocês estão vendo como a nova Terra e a nova Humanidade é algo bastante amplo, que precisa mexer aí em muitos pontos, mas começa com você dispensando todas as coisas inúteis e depois tomar cuidado pra não continuar vivendo demais como ego. Se observar bem pra ver o que é do ego e o que não é. E faça sua opção em cada ação, em cada momento.


Conversas especiais – 48                                                    
Trigueirinho
Palestra proferida em 10/Jul/2011

A humanidade chega à harmonia através de conflito



A humanidade chega à harmonia através de conflito. 4º Raio é o Raio da humanidade.

E nós para chegarmos numa harmonia com essa qualidade nossa de humanos, pra chegar à Harmonia, nós temos que estar em conflito. E é através do conflito que nós aprendemos a chegar à harmonia. É o mesmo Raio, Harmonia e Conflito.  Então surgem os conflitos na nossa vida, que basta estar vivendo e já vão surgindo os conflitos. É o Raio humano, esse. Então, você está vendo um conflito surgir e trata-se de transformar aquele conflito em harmonia. É o mesmo Raio. Você vai transformando aquele conflito em harmonia. Cabe a você fazer isto. Usando a parte harmoniosa do Raio. E vá fazendo essa harmonia, vá fazendo esta ligação. Este é o nosso trabalho, o nosso papel.

Conversas especiais – 48                                                    
Trigueirinho
Palestra proferida em 10/Jul/2011

Qual é o propósito para o Centro Planetário?


Os Centros Planetários, cada um tem a sua tarefa específica. Mas é uma tarefa comum a todos – em qualquer Centro Planetário aquilo está acontecendo. Isto é, o Centro Planetário tem a possibilidade, tem a força, tem a função de estar atraindo ou recebendo energias cósmicas. O Centro Planetário está recebendo e transformando para dá-las ao planeta. Isso faz um Centro Planetário.

Agora, no fazer esse trabalho, no receber energia, no prepará-las e no irradiá-las, colocá-las no planeta, aí está a sua tarefa, que uma é diferente da outra. Então, há certos tipos de energias que vão para certos Centros Planetários e não para outro (no outro é um outro tipo de energia cósmica - cada um faz o seu trabalho); podem entrar no planeta por meio dos Centros Planetários.

Quando nós vamos viver na aura de um Centro Planetário, nós não vamos lá para viver a vida comum, a vida terrestre, a vida humana, a vida normal das pessoas; porque senão estaríamos desperdiçando aquela energia que está lá. Porque no Centro Planetário está uma energia cósmica que deve ser trabalhada para que ela possa se estender para o planeta. Então, quem está num Centro Planetário vivendo ali, está ali como um receptor, como um transformador, como um ser a serviço; não dessa energia comum que está circulando na superfície da Terra.

Um Centro Planetário que se manifesta na superfície, naquela manifestação, não há uma vida humana comum e normal. Impossível, aquilo não representa o Centro Planetário.

Então, nós temos que, estando na aura de um Centro Planetário como seres humanos, sem dúvida nenhuma mudar de vida, mudar tudo. Senão não merecemos estar ali. Estamos contaminando o que se passa ali. Estamos impedindo que o que se passa ali tenha uma tarefa, tenha uma função, isso depende de quem está ali vivendo. Quem está ali vivendo, não está ali para fazer a vida comum. Vida comum pode fazer fora dali, em qualquer lugar do planeta, mas não ali.

Quem está ali não deve intencionalmente estar fazendo a vida comum. Porque ali é outra vida que se tem que construir, que se tem que deixar existir. Enfim, quem está dentro de um Centro Planetário encarnado na superfície está ali como um receptor, como um transmissor, está ali a serviço realmente.

Então, um Centro Planetário manifestado na superfície não deve parecer vida comum. Ali deve fazer outro tipo de vida. Um tipo que ajude a atrair uma nova vida sobre a Terra.

É uma prova muito grande para aqueles que são colocados dentro da aura de um Centro Planetário. Isso é uma prova. Como nós nos comportamos, como nós usamos aquilo.

E a vida de quem está sobre um Centro Planetário ou na sua aura é uma vida que não deve ter compromisso algum ou o mínimo possível com a vida comum. Então, tudo aquilo que se faz na vida comum não deve estar ali naquele lugar.

Claro que puro não pode ser – basta você ter um telefone celular dentro de um lugar como esse, aquilo está emitindo uma coisa que não tem nada a ver com o que deveria acontecer aqui. Isso é um trabalho muito árduo. Porque nós, estando inseridos nesta vida de superfície, temos que fazer as nossas escolhas internas. Então, digamos que você está inserido num lugar como este e esse lugar tem que ter ligações, esse lugar tem que ter contatos. E alguns contatos têm que ter o seu ritmo. Você sabe que está desobedecendo usando o telefone celular.  E você tem consciência que está desobedecendo com todos os argumentos para desobedecer, “porque você ainda não desenvolveu telepatia mental, então você precisa muito mais do telefone celular”. 

Você então comece a procurar equilibrar aquilo. Comece a experimentar. Comece a se comportar não como gente comum que usa o telefone celular por aí. Você comece a se comportar diferente. Você comece a se por disponível pra um outro tipo de contato. E claro que seria ajudado. Agora, às vezes, pra você fazer outros tipos de contato precisa que outros estejam também no mesmo trabalho.

Bom, vocês estão percebendo que nós temos que começar do zero, né? Quando estamos em cima de um Centro Planetário. Tem que começar do zero porque daqui nada serve. Aqui tudo é o comum. E aí que está a nossa intenção, a nossa habilidade, a nossa maturidade, as nossas escolhas, e aí você vai lidando com tudo isso, vai lidando.

Você não pode estar uma pessoa correta e ideal da noite pro dia, porque são encarnações de erros, são encarnações de coisas fora da lei.

Então aquilo tem que ter o seu ritmo. Mas nós não podemos perder esse sentido. Então, mesmo que eu tenha consciência que isto aqui está irradiando alguma coisa que não serve – porque não serve -, e eu estou usando isto aqui, eu tenho que ter consciência de que eu estou usando uma coisa que não serve. Então eu tenho que, dentro de mim, fazer algo que pelo menos equilibre isto.

Eu tenho que ir tomando posições que equilibrem tudo isto que está acontecendo em parte porque deve acontecer; porque eu devo ter feito algo pra estar vivendo aqui desse jeito. Não estou aqui como vítima.

Se eu estou usando celular, se eu estou usando isto e outras coisas, estou usando sapato de couro, se eu estou fazendo tudo isso, é porque eu plantei isso tudo. E estou colhendo.

Então agora você vai viver isto até você chegar a um certo nível de equilíbrio para depois mudar de atividade. Mas aí você precisa estar equilibrando as coisas; equilibrando sempre com o 4º Raio – na sua frente, porque ele que é o Raio Harmonioso, é o Raio que está aqui para fazer harmonia através de conflito. 


Conversas especiais – 48                                                    
Trigueirinho
Palestra proferida em 10/Jul/2011

A prática da Inofensividade


Assim a humanidade serve e no desenvolvimento de uma aptidão consciente para o serviço, no crescimento de uma compreensão consciente da parte individual a ser desempenhada na elaboração do plano e no tornar a personalidade sujeita à alma, virá o firme progresso da humanidade na direção de seu objetivo de serviço mundial.

Posso falar uma palavra aqui, de modo a fazer essa consumação um objetivo prático em sua vida?

Condições magnéticas perniciosas como o resultado da errada manipulação, pelo homem, da força, são as causas do mal do mundo que nos cerca, incluindo os três reinos sub humanos.

Como podemos nós, como indivíduos, mudar isto?

Pelo desenvolvimento, em nós mesmos por este ângulo:

- Estudem a própria conduta, palavras e pensamentos diários, de modo a torná-los absolutamente inofensivos.

- Ponham-se a erigir pensamentos, sobre si mesmos e os demais, que sejam construtivos e positivos, e daí inofensivos em seus efeitos.

- Estudem o próprio efeito emocional sobre os outros de modo que por nenhuma depressão, por nenhuma reação emocional, por nenhum estado de ânimo, seja possível ferir o seu semelhante.

- Lembrem-se que nesta conexão, que a violenta aspiração espiritual e entusiasmo, mal-colocados ou dirigidos, podem muito facilmente prejudicar um semelhante, portanto observem não só suas tendências erradas, como o uso de suas virtudes.

Se a inofensividade for a nota-chave de sua vida, você fará mais na produção de corretas condições harmoniosas em sua personalidade, do que qualquer quantidade de disciplina no curso de outras linhas.

A purgação drástica trazida pela tentativa de ser inofensivo, levará longe em eliminar errados estados de consciência. Fique atento pois e conserve esta idéia nas suas revisões da fatos de cada dia.


Um Tratado sobre Magia Branca, Alice Bayley

Trabalhar por dinheiro

Ela diz que é, por exemplo, obrigada a trabalhar por dinheiro. Não vamos entrar no mérito disso porque até a gente chegar a trabalhar não por dinheiro, tem uma evolução aí. E até você chegar a viver sem ganhar dinheiro (...) também tem uma evolução. Então vamos começar pelo fim.

Mas, se você trabalha por dinheiro e recebe dinheiro pelo trabalho, use o seu dinheiro também para ajudar os outros. (...) Tire de você e ajude os outros. Assim você começa a se relacionar com dinheiro corretamente. Você tem dinheiro? Lembre-se de quem não tem. Então vá ajudar os outros. (...) Assim você vai começando a aprender a lidar com isto. Você vai começando a se harmonizar com essa maldição que está sobre a Terra de haver dinheiro.

Isso é uma maldição que está aí e você tem que lidar com isso, você tem que aprender a lidar com isso antes de melhorar a sua situação diante do dinheiro. Mas primeiro tem um trabalho aí meio profundo – está sempre ligado a você tirar um pouco do seu pra dar pro outro que não tem. Está sempre ligado com isso, sempre. O começo do trabalho.  

Conversas especiais – 48
Trigueirinho
Palestra proferida em 10/Jul/2011
http://www.irdin.org.br/palestra/por/audicao.php?cod=12206

Propósito do monastério

“Qual é o propósito divino para o Monastério?”

O propósito pro monastério é viver as leis imateriais. No monastério, as leis materiais já devem estar sendo vividas harmoniosamente, corretamente, na devida proporção e tudo mais. Porque aí, havendo uma harmonia nas leis materiais, começa-se a perceber as leis imateriais. E o monastério é feito para ser um centro de leis imateriais; isso é que é a função do monastério.  

Conversas especiais – 48
Trigueirinho
Palestra proferida em 10/Jul/2011
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Posição cômoda em reuniões de oração/ estudo

(...) Às vezes as pessoas estão numa reunião e pra alguns aquela posição não é cômoda.

Então teria que haver uma forma de cada um estar na forma mais cômoda possível pra que o corpo ali estivesse bem.

Tudo isso faz parte do 4º Raio (Raio da Harmonia). A organização de uma reunião de estudos também diz respeito a nós estarmos harmoniosos ali dentro. E cada um tem que procurar a sua posição melhor. Que fique em harmonia com aquilo que se está fazendo. 

Conversas especiais – 48
Trigueirinho
Palestra proferida em 10/Jul/2011
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Oração da alma

“A alma, quando encontra a sua plenitude, está em constante oração?”

Existem almas que já estão a serviço. E existem almas que já tem consciência do serviço. E a consciência da alma em serviço é a oração. A alma consciente do seu serviço, a alma coligada com seu serviço, isso é oração da alma. O serviço é sua oração.

Agora, sim, pode haver almas que façam outro tipo de serviço; almas orantes, por exemplo. Mas o serviço da alma é considerado uma oração.
 
Conversas especiais – 48
Trigueirinho
Palestra proferida em 10/Jul/2011
http://www.irdin.org.br/palestra/por/audicao.php?cod=12206

Dívidas devem ser pagas

Uma pessoa fez um curso e não pagou a mensalidade. Dívidas devem ser pagas, porque, se a dívida não é paga, aquela conta fica no seu carma. Dívidas são para serem pagas. Agora, digamos que a gente não possa pagar uma dívida. “Não possa pagar uma dívida” quer dizer não poder mesmo. Não é que se está pondo dinheiro em outras coisas antes de pagar a dívida. Primeiro se paga a dívida, isso é preferencial.

Agora, digamos que não haja como pagar esta dívida naquele momento, ou você não encontra a forma de pagar aquela dívida – você procure o credor e explique isso pra ele. “Você quer me ajudar? Quer colaborar pra que eu te pague esta dívida? Como podemos fazer?”. “Ou você pode me dispensar desta dívida?” – e se isso for mesmo necessário, de repente ele te dispensa, isso é muito bom pra ele; é melhor pra ele do que pra você. Então você peça dispensa da dívida, mas não vá pedir dispensa mentindo, só vai pedir dispensa se não tem outro jeito. Aí você de repente pode ser liberado dessa dívida. Aí não esqueça que você pode fazer isto com outros quando chegar o seu momento.

Porque o que nós conhecemos como dívidas são as nossas dívidas cármicas, não estas coisas que uma pessoa diz que deve pra outra; isto tudo é desequilíbrio, gente que tem dívida um com o outro, isso tudo é desequilíbrio.

Tudo isso representa um desequilíbrio porque há tudo para todos. Então, se há gente com dívida é porque vive em desequilíbrio; é porque nós somos desequilibrados no nosso modo, senão ninguém teria dívida alguma. Agora, já que tem as dívidas, vá cuidar das dívidas inteligentemente, e com amor, pela harmonia, pra ver o que pode obter ali. Mas se abandonar a dívida e deixá-la pra lá você vai encontrar aquilo com juros em seguida.  

Conversas especiais – 48
Trigueirinho
Palestra proferida em 10/Jul/2011
http://www.irdin.org.br/palestra/por/audicao.php?cod=12206

Impulsos Cósmicos e a criação e destruição das formas


Se nós formos aos atributos do monastério, que são chaves do ensinamento sintetizadas, nós vamos encontrar um atributo que diz o seguinte:

"Preservar os impulsos cósmicos para elevação"

Preservar os impulsos, não a criação. Algo foi criado e o impulso continua. É uma ligação nossa com o impulso que é permanentemente renovado. O impulso cósmico é um movimento que vem do Cosmo para a Terra e que cria permanentemente. Não é algo já condensado, já estruturado, já cristalizado, é um impulso. Então se nós formos pesquisar nós vamos ver que temos que preservar a nossa relação com o impulso cósmico para elevação.

"Construir as bases, elevar as paredes e então entregar a nova morada"

O ensinamento não está dizendo para nós construirmos as bases, elevarmos as parades e ficarmos morando lá dentro que é o que fazemos normalmente. Nós vamos construindo um conceito de vida, de estabilidade, de segurança, um modo de pensar. Elevamos as paredes, colocamos um telhado, fechamos a porta por dentro porque temos medo, fechamos as janelas e o sol que entra pelas gretas, pelas frestas das janelas não entra, ficamos encapsulados. Um modo de vida que não tem nada a ver com a realidade. Se foi, estagnou, morreu.

"Ajudar na expressão dos Universos e assistir impassível a construção e a destruição das formas".

Ajudar é ajudar. Não é nós fazermos. Nós participamos. "Ajudar na expressão dos Universos". Isto é amplo, é cósmico, é universal. "Assistir impassível". Nós estamos assistindo as coisas acontecerem impassivelmente. "A construção e a destruição das formas". Constrói uma fórma, destrói aquela fórma senão aquilo vai encapsular o impulso, vai reter o movimento. Então as fórmas são construídas e destruídas, construídas e destruídas.

Teríamos que pesquisar, teríamos que sair de uma certa passividade porque estando encarnados essas estruturas vão se condensando (modos de pensar, modos de sentir, hábitos, estruturas cerebrais, redes de neurônios, estruturas orgânicas), vão tendendo a se cristalizar.

Os impulsos cósmicos para elevação trazem movimento contínuo de transformação. A manutenção da forma é uma manutenção da transformação da forma e não da forma como ela é. Uma planta cresce. Uma planta não fica sempre como ela é. Estamos usando o exemplo do Reino Vegetal porque é um dos reinos que mais perfeitamente espelha padrões de harmonia.

Nós olhamos uma semente, ela rompe a casca, era semente, belíssima, construída segundo leis universais, mas não é para ficar como semente, rompe a casca, lança raízes, cresce folhas, flor, frutos, novas sementes. E o Reino Humano? O Reino Humano está construindo casas, se fechando dentro das casas, com o temor daquilo que vai entrar. Precisa dessa manutenção do impulso da transformação não daquilo que está criado. Aquilo que está criado assim que foi criado, já está na hora de ser destruído. Uma reação química quando acontece, a substância está disponível, está com os elétrons disponíveis para combinar. Reagiu, combinou, pronto. Perdeu os elétrons. Aquilo ali já está na hora de se liberar de novo para novas combinações.

Nós assistimos as civilizações tendo o apogeu, depois temos o declínio porque as formas se cristalizam então aquela civilização, aquele princípio, aquele impulso cósmico que criou aquela civilização vai reencarnar em outra civilização porque a forma se cristalizou, tem que destruir aquela forma. Temos que aprender a assistir impassíveis a construção e destruição das formas. (...) O nosso modo de pensar vai determinar, influenciar o curso dos acontecimentos.  

A importância do pensamento
Arthur de Paula Carvalho
Palestra proferida em 20/Abr/2007
http://www.irdin.org.br/palestra/por/audicao.html?cod=6044

O silêncio

"O silêncio escuta, examina, observa, pesa e analisa. O silêncio é fecundo. O silêncio é a terra negra e fértil, o húmus do ser, a melodia calada sob a luz solar" (José Saramago)

O silêncio da inteligência



(...)
Então na meditação não há controlador, não há atividade da vontade, que é o desejo. Então o cérebro, todo o movimento do cérebro sem contar com a sua própria atividade, que tem o seu próprio ritmo, fica completamente quieto, silencioso.

Não é o silêncio cultivado pelo pensamento. É o silêncio da inteligência, silêncio da inteligência suprema. Nesse silêncio aquilo que não tem nome vem, o inominável é. O que é sagrado, imóvel, não tocado pelo pensamento, pelo empenho, pelo esforço. É a via da inteligência que é a via da compaixão. Então o que é sagrado é eterno. Isso é meditação. Uma vida assim é uma vida religiosa. Nisso há grande beleza.


Mind Without Measure, Krishnamurti

Como conduzir-se estritamente pelo caminho da verdade


É um atributo que faz pensar pois a verdade nós não conhecemos, a verdade é infinita então nós não podemos conhecer a verdade toda, a verdade vai se mostrando pra nós gradualmente à medida que nós a procuramos.

Então se você quer esta coisa que é um pouco abstrata, que é um pouco incompreensível, que nunca vai tê-la completamente a verdade sobre algo. A maior parte das coisas estão ocultas é uma mínima parte que está revelada, isto em tudo, então essa busca da verdade é para sempre e ela vai se mostrando à medida que nós fazemos essa busca, fazemos essa procura em nosso interior, aí ela vai se mostrando.

Agora à medida que nós vamos vendo pequenas partes dessa verdade que estamos buscando, seria necessário que a gente vivesse conforme isso que estamos encontrando. Se a gente não vive de acordo com essa parte da verdade que está se mostrando ela para de se mostrar. Aí você fica como que cristalizado, com uma certa visão da vida porque você não buscou mais. A verdade vai se abrindo, a verdade vai se mostrando quando você a aplica e nós temos alguns setores de nossa vida nos quais a gente não aplica muito a verdade. Em setores muito fundamentais, muito básicos por exemplo: nós conhecemos a verdade sobre o uso da carne, conhecemos a verdade sobre o quanto estamos em débito para com outros reinos da natureza, principalmente com o reino animal, e continuamos comendo carne, continuamos comendo coisas animais. Isto é uma negação da verdade que você já conhece, que você já sabe. Com isso nós pagamos de uma certa forma, nós nos limitamos. Às vezes a verdade quer se mostrar para nós mas nós estamos limitados por ter estacionado em um ponto interior que nós já poderíamos não estar mais estacionados ali.



Buscando a Verdade
Trigueirinho
Palestra proferida em 27/Jul/2011
http://www.irdin.org.br/palestra/por/audicao.php?cod=12221

Exercício de Meditação (1) : a atenção aos conteúdos internos


(...) vamos com os olhos fechados nos imaginar cheios de luz, totalmente iluminados por dentro. Essa luz muito intensa que brilha no nosso centro. Vamos agora começar a perceber que estamos totalmente cercados de amor.

Esse uso da imaginação criativa ajuda muito a tarefa de um exercício porque a energia segue o pensamento. Isto é uma lei. Então bem conscientes que nós somos Luz por dentro e que estamos cercados de Amor vamos dissolver todos os pontos de tensão no corpo físico.

Agora vamos começar a olhar por alguns instante como se nós estivéssemos diante de uma tela cinematográfica. Vamos observar por alguns instantes os nossos próximos pensamentos. Vamos olhar os pensamentos que passam na nossa mente. Porque nas nossas mentes passam pensamentos isso é inevitável. Não se trata de nós abolirmos os pensamentos nem de querer que a mente fique fixa, pois isso traria consequências que não são a finalidade do trabalho meditativo. O que está sendo colocado para nós fazermos é estarmos diante de nossa mente com pensamentos passando como se estivéssemos em um cinema olhando um filme. E a medida que esses pensamentos passam nós vamos trabalhar no sentido de não ter nenhuma reação perante esses pensamentos, simplesmente vê-los passar como são. Não ter nenhum sentimento de aprovação nem de reprovação desses pensamentos. Ficar completamente imparcial diante dessas coisas que passam.

Esse trabalho de nos imaginar cheios de luz e completamente circundado de amor isso seria uma contribuição do nosso eu consciente, de nossas personalidade, ao trabalho de meditação. Isso é uma contribuição bem inicial para nossa quietude e para nossa tranquilização. Em seguida quando fechamos os olhos, observamos o que passa na nossa mente, isso é o trabalho que dispomos para começarmos a trabalhar. Seria inútil querer começar com outro material, com um material do outro ou aquilo que diz os livros de meditação. Então nós constatamos que temos um determinado material para ser trabalhado e que esse material sendo trabalhado, a nossa mente vai melhorar de vibração. A vibração de nossa mente vai ficar mais elevada.

(...) cada um viu o material a ser trabalhado, o estágio inicial. Para nós trabalharmos nesse sentido sabemos que temos que trabalhar isso o dia todo a vida toda. Não é só no momento em que a gente senta para fazer isso porque se todo resto do dia vocês estiverem dando alimento para esta mente ou deixando que os produtos desta mente corram à esmo, descontrolados, vocês não vão conseguir nem sequer visualizar direito o que está se passando aí na hora que sentarem para trabalhar.

Então nós estamos nesse momento fazendo uma constatação muito importante, isto é, que nem todos de nós conseguiram sequer ver esse filme porque os pensamentos se acumulam e passam em uma tal desordem, todos acumulados, todos desconexos. Nós chegamos à uma ótima constatação. Constatamos que fazer esse trabalho assim seria impossível, seria uma luta para o resto da vida, uma luta contra esse tumulto mental.

Estamos aqui vendo que não é só no momento de fazer o exercício que a gente trabalha. Se vocês fizessem isso só nesse momento, na hora que vocês marcassem, vocês com o tempo iriam ficar irritados consigo mesmos, iam ficar desanimados dizendo "que confusão é essa, não sou capaz, o que é que eu faço?", algum até deprimidos por uma coisa que não deveriam ficar deprimidos pois isso é assim mesmo. Só que a solução não é forçar isto no momento do exercício pois senão a gente vai ficando cada vez mais desencorajado. E de repente a mente pode ficar paralizada e nos dar a ilusão que ficou quieto ai então a gente entra por um caminho bastate indesejado pois pensa que conseguiu o controle da mente. Na realidade está controlado pela "ilusão de que controlou a mente" o que é pior do que se não tivesse feito nada, seria melhor deixar a coisa como está, do que entrar nesse tipo de ilusão.

Estamos constatando que não adiantaria vivermos o tempo todo desatentos, vivendo o tempo todo em desordem e querendo fazer isso quando sentamos para fazer o exercício.


A Meditação - Parte 1
Trigueirinho
Palestra proferida em 01/01/1984
http://www.irdin.org.br/palestra/por/audicao.html?cod=3192

O avanço pelo caminho da Verdade


"A linguagem não revela a verdade, ela a oculta. Se se reconhece a verdade é porque o estudante investigador descobriu um ponto da verdade em si mesmo que serve para iluminar seus passos a medida que avança lenta e gradualmente."



Tratado sobre Magia Branca, Alice Bailey

Chamados para reflexão



Aceita ir sem saber se voltará
Aqui vocês vão ter que pensar. Porque isso pode evocar em vocês muitas coisas. Então fica uma reflexão para o dia de hoje.
Aceita retornar sem trazer cargas desnecessárias
Onde nós vamos nós recolhemos coisas, atraímos coisas. Tem pessoas que chegam cheias de pacotes mas tem pessoas que chegam cheias de outros pacotes que não são físicos que recolheram lá fora e trouxeram tudo para dentro de casa.
Aceita ir sem saber se voltará
Aceita retornar sem trazer cargas desnecessárias
Veja como teremos que estar atentos pois basta que você se locomova que colha um pensamento que estava por ali perambulando, aquele pensamento fica na sua mente e você volta pra sua casa, você trouxe para sua casa uma coisa desnecessária. (...) Esses impulsos mexem com pontos que a gente nem atina, mas são pontos que devem ser resolvidos e trabalhados em nós.
Molda-se diante da necessidade para suprí-la sem demora
Nós estamos diante de uma necessidade e ali temos que nos moldar um pouco porque aquela necessidade que estamos percebendo, a necessidade que estamos observando nos modifica um pouco. Só que aquilo deve nos modificar no sentido de nós podemos suprir aquela necessidade e não por outros motivos. Você pode estar em contato com uma necessidade e ela te abalar muito, ela fazer com que você fique desarmonizado de tê-la visto. Não, você está diante de uma coisa você tem que se trabalhar naquele momento no sentido de transformar aquilo se for preciso.
Olhe só esses três itens quanto trabalho teremos aqui não? Mas essas coisas precisam ficar na nossa consciência e nós irmos não nos esquecendo delas, procurando nos lembrar. E às vezes tem que repetir, às vezes tem que ouvir denovo, tem que ler de novo, sempre no sentido de estar se transformando para você se moldar ao ponto de poder suprir aquelas coisas. Então se você encontra uma coisa e diz "Olha quanta necessidade tem aqui". Sim, você observou, e daí o que você fez? Você viu aquilo, você viu algo que pode te levar à muita transformação. Se você se transforma, você já vai poder lidar com aquilo diferente ou vai poder até fazer com que aquilo não exista mais porque você se transformou e não precisa mais estar diante daquela necessidade. Necessidade vem para mudar alguma coisa. Se você olha, observa e se molda logo, não há mais razão daquilo existir.


Buscando a Verdade
Trigueirinho
Palestra proferida em 27/Jul/2011

Mantralizar a serviço

(...) E aqui uma pessoa teve um sonho onde havia um portal azul. E ela viu várias coisas através desse portal. E ao chegar perto do portal que ela estava vendo, ela ouviu o mantra OM.  E quando ela ouviu esse mantra OM, uma energia inundou todo o seu ser com muita força. E ela sentiu o benefício desse mantra durante algum tempo. E ela perguntou o que vem a ser isto.

Bom, pode estar sugerindo que você use esse mantra e experimente. Agora, cuidado para não desgastar o mantra. Porque ficar fazendo “OOOOOM” o tempo todo, isso é fácil. Mas você está na realidade desgastando o mantra com isso. Então, você tenha a consciência de que vai praticar o mantra que lhe foi indicado, o mantra que lhe fez bem nos planos sutis, nos planos internos, então você vai procurar se manter na vibração deste mantra.

Você o pronuncia até chegar a pronunciá-lo de forma que você sinta aquele mesmo bem. Aí você está pronunciando o mantra direito. Porque quando você pronuncia o mantra direito, seja qual for, nós nos sentimos bem, logo em seguida.

Se você pronuncia o mantra e não sentiu nada, você aprenda a pronunciar os mantras. Primeiro aprenda. E depois não vá desgastar os mantras à toa. Você procure incorporar aquele mantra, você encontrará o caminho. Se você quiser você encontrará o caminho.

Porque os mantras estão aí para serem usados; mas você precisa aprender a usá-los. Precisa estar realmente amando aquele trabalho. Precisa estar se dedicando àquele trabalho, se possível em benefício deste mundo. Porque este mundo é que precisa de coisas. Então você vai pronunciar isto em benefício do mundo.

É um som que vai atrair energias, que vai atrair harmonia, que vai formar harmonia. E que vai ficar aí no espaço, essa harmonia que você está fazendo. Então, se você pronuncia o OM, você vai preencher este espaço de harmonia. Isto vai trabalhar. Enquanto estiver energizado, isto vai trabalhar.
Se você pronuncia o mantra com uma relativa energia, ele fica aí no espaço trabalhando alguns momentos e logo se desfaz. Agora, se aquilo for pronunciado com mais energia, ele vai durar mais tempo. Ele não vai se dissolver tão brevemente. Ele vai permanecer. E quando você pronuncia o mantra de verdade, aquilo fica trabalhando muito tempo com o seu som. O som daquilo fica trabalhando muito tempo.

Quando você faz uma reunião de mantras, você está organizando, você está produzindo, você está criando um instrumento de trabalho potentíssimo, que quando acaba a reunião de mantras, aquele instrumento que você criou, aquela força fica agindo. E se for uma reunião de mantras bem feita, com todas aquelas forças reunidas, com todas aquelas intenções reunidas, essa reunião de mantras trabalha dias (...).

Então, quando você está trabalhando com os mantras, você está criando instrumentos. Instrumentos de harmonia. Instrumentos de beleza. E aquilo fica trabalhando, fica no ar, fica agindo, segundo a forma como você o criou. Compreende?

E esse mantra OM tem funções e tem possibilidades muito grandes, que estão muito além da nossa compreensão. Então, se você cria um mantra OM realmente a serviço, aquilo vai ficar trabalhando, vai ficar agindo muito tempo.

Os trabalhos com os mantras é um dos trabalhos mais importantes neste momento. Agora, nós precisamos ter consciência, uma consciência aplicada no trabalho.  



Conversas especiais – 48
Trigueirinho
Palestra proferida em 10/Jul/2011
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