A
pessoa diz que a compreensão e a visão de um novo mundo nos dão força
para passarmos pela purificação. E ela pergunta: “Como faço para avançar
em direção a este novo mundo e a esses Planos Superiores?”.
Então,
você precisa aspirar profundamente, você precisa aspirar realmente,
honestamente, por uma vida nova. Agora, como é que a gente sabe que uma
pessoa está realmente aspirando por uma vida nova ou se aquilo é uma
coisa da vida mental dela apenas?
Ela
está aspirando por uma vida nova quando ela vai cortando os laços com a
vida velha. Porque na vida velha nós todos estamos. Nós temos coisas na
nossa vida que são realmente antediluvianas. E vivemos isso
tranquilamente. Então, para você entrar numa vida nova, se é que você
quer mesmo isso, você precisa ir cortando com tudo aquilo que primeiro é
possível cortar. Tudo aquilo que é supérfluo, tudo aquilo que é inútil,
tudo aquilo que é dispensável, vá cortando com tudo isto. E depois,
comece a cortar também com aquilo que é útil. Mas isso são graus. Isso
são evoluções do trabalho.
Então,
hoje, você, em vez de comer quatro, cinco coisas diferentes, você come
três. Quer dizer, você já está cortando com o supérfluo.
Quando
você aprende a cortar o supérfluo, isso é tudo, é no falar, no pensar.
As palavras supérfluas que nós falamos não têm conta. Tudo isso é
energia desperdiçada. Tudo isso é energia que deveria ir para outro
nível do corpo. E sai tudo pela fala; a hora que você precisa pensar num
assunto, você não tem energia, porque a energia foi toda nas palavras
supérfluas, saiu tudo, foi embora.
Então,
é preciso você aspirar realmente a cortar aquilo que é supérfluo. E
depois que você já corta o supérfluo naturalmente, aí você olha pra tudo
aquilo que é útil, tudo aquilo que você precisa e começa a cortar ali
também. Comece a cortar. Mas não é só cortar fisicamente. É cortar o
vínculo com aquilo, isto sim. Cortar o vínculo. Você tem que cortar o
vínculo com tudo aquilo que é da sua vida velha. E aí você vai abrindo
espaço pra entrar ali dentro outra energia.
E
se você tiver um espírito pioneiro – nem todos têm esse espírito
pioneiro -, você já vai introduzindo a vida nova nesta velharia que é o
nosso dia a dia. Você já vai introduzindo a vida nova aí e já vai
colaborando com a evolução da nova Terra. Mas isso começa conosco.
Porque se você é um arcabouço velho, um arcabouço antigo, você tem que
começar por você. E não criar nova Terra, nova vida teoricamente. Tem
que fazer aquilo em você. E naquilo que você percebe você vai fazendo.
Isto é muito abençoado. Você tentar viver o novo dentro deste museu que é
este mundo, um museu. E os museus estão aí, para demonstrar o quanto
este mundo é um museu. Tem gente que se dedica a museu. Está aí este
mundo; aquilo é o retrato do mundo, um museu.
Então,
nós temos alguma coisa a fazer aí. Ou a deixar de fazer, não? Se a
gente deixar de fazer certas coisas a gente já ajuda muito.
Conversas especiais – 48
Trigueirinho
Palestra proferida em 10/Jul/2011