“Quando você se senta em silêncio, quando olha bem dentro da mente, ela simplesmente desaparece. Os pensamentos continuarão, eles existem, mas a mente não estará mais ali. Porém, quando a mente desaparece, você nota que os pensamentos não são seus. É claro que eles surgem, e às vezes ficam um tempinho em você, mas depois vão embora. Você talvez seja uma área de descanso, mas não é a origem desses pensamentos. Você já reparou que nem um único pensamento parte de você? Não brota de você nem um único pensamento; eles sempre vêm de fora. Não pertencem a você – sem casa, sem raízes, eles rondam por aí. Às vezes, eles descansam em você, isso é tudo; como uma nuvem que paira sobre uma montanha. Depois eles se vão por conta própria; você não precisa fazer nada, além de simplesmente observar.
(…)
O apego é o alimento que faz com que a mente continue funcionando. O testemunho imparcial é o meio de detê-la sem fazer nenhum esforço. E, quando você começar a apreciar estes momentos de bem-aventurança, sua capacidade de conservá-los por períodos mais longos virá à tona. Finalmente, um dia você acaba se tornando senhor de si. A partir desse dia, quando você quiser pensar, pensará; se o pensamento for necessário, você o usará. Se não for, você o deixará em repouso. Não que a mente tenha deixado de existir – ela existe, mas você tem a opção de usá-la ou não. Agora a decisão é sua, assim como a de usar as pernas; se quiser correr, você as usa; se não quiser, simplesmente fica onde está. As pernas estão ali, à sua disposição. Da mesma forma, a mente estará ali também.”
Osho, ‘Consciência: A Chave para Viver em Equilíbrio’
Fonte: http://uivemos.wordpress.com/