Nossa essência intrínseca é um estado da maior simplicidade, embora durante o processo de se revelar tenhamos de trabalhar com a complexidade e a confusão de nossas mentes, como elas são (estão) no presente.
Pode parecer que ensinamentos como esse na verdade encorajem a não meditar ou fazer qualquer tipo de prática. Entretanto, as vidas dos grandes mestres dzogchen mostram que eles passaram muitos anos em retiro e fizeram esforços tremendos, antes que atingissem o estado espontâneo da consciência natural. Em adição, suas biografias revelam que tiveram uma fé e uma devoção extraordinárias a seus gurus e grande respeito por todos os estágios do caminho.
Podem existir algumas poucas pessoas que, como resultado de práticas de vidas anteriores, possam penetrar direto na essência em um curto período de tempo, mas a grande maioria de nós precisa passar por um período mais longo de preparação. Para se basear no estado de não-meditação e não-perturbação [não-distração], precisamos praticar a meditação convencional primeiro, senão apenas permanecemos sob a influencia da perturbação/distração, quer estejamos conscientes disso ou não. Como diz o texto:
Todos os seres são na realidade a essência desperta,
Mas sem praticarem de fato eles não irão despertar.
Francisca Fremantle
VAZIO LUMINOSO
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