(...) e depois podem ocorrer outras coisas e não só essas da gente reencontrar algo que nós já tínhamos começado a trabalhar.
Vamos que a gente nunca tivesse trabalhado essas coisas, como há muitas pessoas que nunca trabalharam e decidem a trabalhar em uma determinada encarnação. Existem elementos cármicos positivos que nós podemos ter conosco guardados na nossa superconsciência ou subconsciência, elementos dos quais nós não temos a menor consciência. E se a nossa energia da fidelidade, da fé, do amor, da luz, todas essas qualidades que nós colocamos no processo de repente começam a vibrar, essas energias podem atrair nosso carma positivo, nosso carma de outros setores, não da meditação e não se sabe o que pode acontecer nessa química do nosso Eu Superior, nessa química da nossa Superconsciência, nunca se sabe.
Mesmo dizendo essas coisas cheia de esperanças não é bom que se crie expectativas baseadas nela. Essas coisas é somente para sabermos para nós ficarmos com uma visão do assunto. Eu não devo esperar que vou reencontrar meu ponto passado, não devo esperar que toda minha energia faça isso, eu não devo esperar coisa alguma. Eu devo fazer a coisa naquele momento porque a coisa deve ser feita, porque eu percebi que a coisa é pra ser feita e vou tirar de mim qualquer preocupação sobre assunto.
Enfim vou ficar concretamente entregue fiel ao processo. Este realmente é o caminho mais curto. Entregue, limpo, como se nada soubesse sobre esse assunto, tudo isso que vocês ouviram, vocês guardem no bolso, tirem tudo da mente, para que naqueles momentos em que a coisa balança, em que a personalidade fica desencorajada, tira do bolso e olha "Ah! Me lembrei agora" depois põem no bolso de novo porque tudo isso que eu estou falando atrapalha a meditação. Qualquer coisa que a gente coloque em mente é um obstáculo para a meditação. Então vocês põem isso no bolso para usar isso no momento que achar necessário e depois coloque no bolso de novo.
O Eu Consciente é para ficar completamente entregue, completamente sem expectativas e completamente apoiado numa coisa que não se vê, que não se sabe o que é, que não se sente, apoiado no nada. Ficar quieto no nada. E isso a gente vai fazendo gradativamente.
A Meditação - Parte 1
Palestra proferida em 01/01/1984
Trigueirinho
http://www.irdin.org.br/palestra/por/audicao.html?cod=3192