MEDITAÇÃO: priorizando e mantendo a atenção em tudo que fazemos



(...) Sendo a meditação um ato de plena atenção, o que inicialmente devemos conscientizar e depois buscar praticar é que não podemos fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo e, sendo assim, temos que, a todo instante aprender a priorizar, escolher e, após cada priorização e escolha, nos envolver por completo em cada ação em que estejamos comprometidos, sejam elas pessoais, profissionais, no cumprimento de nossos deveres como cidadão, ser humano, ou até como seres espirituais, se assim acreditamos, e com esse proceder estaremos na medida de nosso gradativo treino melhorando nossos desempenhos e assim também nossa contribuição nas mais diversas áreas da vida e pelas quais tanto nos cobramos e nos pressionamos, roubando-nos a paz.

Para que esse estado seja alcançado, já que não podemos dizer que sejamos de forma natural plenamente atentos, devemos aprender e educar-nos, se julgarmos que tal prática possa nos parecer benéfica.

Sentamos de forma correta, respiramos naturalmente, sem esforço e só com isso já relaxamos o corpo físico e diminuímos muitas tensões. Já aqui mais facilmente conseguimos concentrar e orientar nosso pensar. Até aqui também podemos dizer que fizemos uma seqüência de priorizações e escolhas. Escolhemos meditar, escolhemos estar atentos a cada movimento de sentar, respirar, concentrar. Esta sequência repetidas vezes como todo processo de educação vai inicialmente ser feita no ato de meditar, até que aos poucos é levada naturalmente para todos os nossos atos e aí sim podemos dizer que nossas atitudes são cada vez mais plenas, seguras, gerando então satisfação e distanciando-nos dos estados de conflito, dos estados em que, ao contrario, nos dividimos a todo instante, dispersamos a atenção e força de ação e, conseqüentemente, geramos desgaste, cansaço.

Podemos dizer, finalizando, que meditar é o ato de unificar nosso corpo, emoções e pensar, comprometendo-os ao mesmo instante, direcionadamente a cada ato, criando melhores resultados, e portanto, satisfação e plenitude.


Telma Jábali Barretto
http://www.rajayoga.com.br/artigos.php?id=33
Textos relacionados