Meditação Raja Yoga - Parte 6 - A primeira etapa: Yama


Yama compõem a primeira etada do Caminho Óctuplo dentro da Raja Yoga, segundo os Yoga Sutras de Patanjali. Yama constitui uma regra ou código de conduta para viver com um estado de consciência virtuoso.  Eles definem como devemos orientar as nossas relações externas e internas.

Patanjali lista cinco Yamas em seu Yoga Sutras:

Yama é a não-agressão [ahi,sa], a autenticidade
[satya], o não roubar [asteya], a prática de uma vida
espiritualmente regrada [bráhmacarya] e o não cobi-
çar [aparigraha]. (Yoga Sutras de Patanjali, 2:30)


1. Ahimsa
Não violência, inofensividade, abster-se de agredir os outros, não causar dor aos demais seja por pensamentos, palavras ou ações
Com o estabelecimento da não-agressão [ahi,sa], a
inimizade desaparece das proximidades (Yoga Sutras de Patanjali, 2:35)

2. Satya
Verdade e correção. Aplicação dessas tanto aos pensamentos como às palavras.
Com o estabelecimento da autenticidade [satya], há o domínio sobre as ações e seus frutos. (Yoga Sutras de Patanjali, 2:36)

3. Asteya
Asteya refere-se a não roubar, não cobiçar, nem acumular, assim como não obstruir desejos de outras pessoas na vida.
Com o estabelecimento do não-roubar [asteya],  há  a presença de todas as coisas excelentes. (Yoga Sutras de Patanjali, 2:37)

4. Brahmacharya
Uma vida devotada à espiritualidade. Abstinência, particularmente no caso da actividade sexual. Implica necessariamente o celibato. Além disso, o comportamento responsável em relação ao nosso objetivo de avançar em direção à verdade. Ele sugere que devemos formar relacionamentos que promovam a compreensão das verdades mais elevadas. Praticar brahmacharya significa que usamos a nossa energia sexual para regenerar a nossa conexão com nosso eu espiritual. Isso também significa que nós não usamos essa energia em qualquer forma que possa prejudicar os outros.

Com a prática de uma vida espiritual [brahmacarya], a obtenção de vigor (Yoga Sutras de Patanjali, 2:38)


5. Aparingaha
Não possessividade, não realização através dos sentidos, não cobiça, não apego, não indulgência, não ganância. O termo normalmente significa limitar posses para o que é necessário ou importante.

Com o não cobiçar [aparigraha], a percepção correta do como e do porquê do nascimento. (Yoga Sutras de Patanjali, 2:39)

Swami Jnaneshvara Bharati

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