(...) Os bens materiais devem ser encarados como qualquer tipo de excesso sensorial que em última análise é inútil pra nossa existência.
O que a gente deve evitar como praticante de meditação é se dispersar em excesso com os estímulos sensoriais. Então o fato de você estar se dispersando comprando, comendo demais, através do sentido da audição, do tato, do sexo ou até mesmo do pensamento ou da mente não importa muito. O que importa mais é sua intenção e quanto você está deixando sua energia ir e portanto perdendo a chance de se concentrar e perdendo a sua capacidade de se concentrar ficando em modos de devaneio.
Pra nós ocidentais existe uma tentação bem grande de retomar algumas idéias comunistas. Eu acho que a simplicidade material é sempre bem vinda, mas não só ela, mas a simplicidade sensorial como um todo. Como a gente lida com a audição, olfato, paladar, o tato, visão e a mente.
João Nery Rafael
Trechos da palestra ministrada em 17/07/2012 por audio-conferência
e disponível no site da Sociedade Budista do Brasil
http://www.sociedadebudistadobrasil.org/sala-de-estudos/palestras-do-dhamma-em-audio/palestras-online/